Cuba recorda a alegação de Fidel Castro 67 anos atrás
Cuba recorda hoje a defesa do jovem Fidel Castro após o assalto de 26 de julho de 1953 ao quartel Moncada e Carlos Manuel de Céspedes, no leste do país.
No julgamento realizado em 16 de outubro daquele ano, o líder cubano avançou com as projeções que caracterizariam a agenda política e social após o triunfo rebelde.
Suas palavras de legítima defesa no caso 37 do Tribunal de Emergência foram posteriormente coletadas sob o título A história me absolverá.
Segundo pesquisas históricas, o manifesto é considerado um dos principais textos do pensamento político da América Latina, onde Fidel Castro expôs os ultrajes e a corrupção da tirania de Fulgencio Batista (1952-1958).
Além disso, denunciou os crimes cometidos contra os presos agressores, detalhou a forma como as ações foram planejadas e destacou o pensamento do herói nacional José Martí como guia intelectual desses acontecimentos.
O documento contém seis problemas fundamentais para a Cuba dessa etapa: terra, indústria, habitação, saúde, educação e desemprego; ao mesmo tempo que reconhece como fundamental a tomada do poder pelo povo para erradicá-los.
O quartel Moncada, em Santiago de Cuba, era a segunda fortaleza militar da época e a chamada Geração Centenária atacou-a então para desencadear a luta armada contra a ditadura de Batista.
Enquanto isso, na cidade de Bayamo, atual província de Granma, outro comando tentou desviar a atenção dos adversários para impedir o envio de reforços daquela cidade para a vizinha Santiago.
Os invasores não conseguiram tomar nenhuma das duas fortalezas. Muitos dos sobreviventes foram mortos.