Brigada Médica Cubana celebra 11 anos de presença na Bolívia
Diversos oradores destacaram o papel desempenhado hoje pela Brigada Médica Cubana (BMC) na Bolívia e seu apoio ao Programa Minha Saúde, em um ato pelo 11º aniversário de sua chegada a esta nação andino amazônica.
Os primeiros colaboradores cubanos que chegaram aqui em 2006 eram integrantes do contingente Henry Reeve e vieram a atender às vítimas da emergência provocada pelas intensas chuvas.
Na atualidade, os cooperantes estão presentes nos nove departamentos bolivianos, em 36 províncias e 47 municípios, informou o coordenador nacional da BMC, Pável Noa.
A brigada conta com 740 integrantes e deles 366 são médicos, 149 enfermeiras, 165 profissionais e técnicos e 49 encarregados a garantir a assistência médica.
Ao fazer um balanço dos lucros do passado ano, Noa recordou que nesse período se realizaram mais de dois milhões de consultas e 19 mil partos e se salvaram umas seis mil vidas.
Também destacou a participação da BMC nas Feiras de Saúde, o relançamento da Operação Milagre pelo presidente Evo Morales em novembro, o décimo aniversário da Clínica do Colaborador e a inserção dos cooperantes no programa Minha Saúde.
Mais de 2 800 médicos laboram neste plano, estendido a 306 dos 339 municípios, e na maioria há presença de cubanos, disse a ministra de Saúde de Bolívia, Ariana Campero.
De acordo com Campero, o objetivo é implementar um novo modelo de atenção médica familiar, comunitária e intercultural.
'Nós apreciamos muito o apoio da brigada. Quantas vidas salvadas? Quantos custos abaratados por dar consultas gratuitas?' declarou a Prensa Latina o prefeito da cidade amazônica de Riberalta, Omar Núñez Vela.
Afirmou que os médicos cubanos estão comprometidos com a saúde e ao mesmo tempo se levantam à uma ou as duas da manhã para atender a um paciente, que estão dispostos a participar em qualquer feira para a assistência aos doentes.
'Se não tivesse sido pelo triunfo da Revolução, liderada por Fidel Castro, e pelo processo de mudança, encabeçado por Evo Morales, não estaríamos neste momento aqui analisando todos estes programas de cooperação', disse.
Durante o ato, o embaixador de Cuba na Bolívia, Benigno Pérez, destacou que em 2016 se conseguiram os recursos para o funcionamento dos centros oftalmológicos, como parte da Operação Milagre.
O diplomata referiu-se também às numerosas feiras de saúde realizadas no ano passado, entre elas a efetuada no Chapare pelos 90 do Fidel Castro.
'A feira é algo que chegou para ficar, porque tem um grande impacto', declarou.
O embaixador anunciou eventos similares em 2017, quando se cumprem os 50 anos do desaparecimento físico do guerrilheiro Ernesto Che Guevara.
Na cerimônia, colaboradores com mais de 20 anos no setor receberam a medalha Manuel Piti Fajardo.
Médicos de todos os departamentos e da Clínica do Colaborador, servidores públicos bolivianos e o representante da Organização Panamericana da Saúde, Fernando Leanes, participaram também na celebração de 11 anos de presença aqui da BMC.