A batalha de Cuba contra o bloqueio acrescenta mais apoio
A batalha que Cuba está travando hoje contra o bloqueio que sucessivos governos dos Estados Unidos impõem a seu povo há mais de seis décadas diariamente ganha novas vozes de apoio.
Parlamentares franceses pediram na quarta-feira à Câmara dos Deputados dos Estados Unidos para ativar imediatamente o processo de suspensão do bloqueio contra Cuba, uma demanda baseada na injustiça dessa medida e na atual pandêmia.
Para esse fim, o Grupo de Amizade França-Cuba da Assembléia Nacional enviou uma carta à presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, na qual acredita que o fim desse cerco econômico na ilha facilitaria a proteção de seus 11 milhões de habitantes e prestaria um serviço à humanidade.
A carta assinada pelo vice e presidente do grupo, François-Michel Lambert, lembra os danos causados pelo bloqueio em todos os setores às pessoas das maiores Antilhas e a solidariedade de seus profissionais de saúde com outros países, ratificados em nestes tempos de flagelo do Covid-19.
Enquanto isso, na Costa Rica, o analista político Trino Barrantes afirmou que a aspiração dos povos progressistas do mundo contra o bloqueio de Cuba pelos Estados Unidos é uma reivindicação legítima.
Em um extenso artigo, Barrantes denunciou que essa política hostil esteve presente em uma guerra de mídia sustentada; campanhas de desinformação desumanizadas; práticas e políticas comerciais desleais; sabotagem e inoculação de doenças contra a agricultura e o povo.
Apesar de tudo, os Estados Unidos não conseguem parar o processo socialista e os grandes avanços culturais, educacionais, científicos, de saúde e econômicos feitos por Cuba, destacou o analista.
O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, reiterou que o bloqueio impõe enormes limitações ao desenvolvimento econômico e social da nação caribenha.
Em sua conta na rede social Twitter, o ministro das Relações Exteriores afirmou que não há família cubana que não sofra as consequências desse cerco econômico, comercial e financeiro.
'É o impedimento fundamental para a aquisição dos medicamentos, equipamentos e materiais necessários para enfrentar o Covid-19', disse Rodríguez.
Desde 1996, quando a Lei Helms-Burton - cujo título III foi ativado pelo presidente Donald Trump - foi adotada, a agressividade econômica, política e financeira da Casa Branca em relação a Cuba foi codificada em uma norma legal, que só pode ser eliminada pelo Congresso dos Estados. Unidos.
Todos os anos, a Assembléia Geral da ONU vota quase por unanimidade a cessação total e definitiva dessa política contra a ilha, apesar da oposição dos Estados Unidos.