Gestado a princípio como um show virtual de uma noite, o Concerto para Cuba soma hoje a uma centena de artistas da ilha, Canadá, Estados Unidos, Europa e África em um projeto de edificação de pontes culturais.
 
Depois da primeira jornada de apresentações desta iniciativa impulsionada pelo Hot House de Chicago, o palco on-line reabre o cenário e as vozes de intelectuais, figuras políticas, ativistas sociais e músicos voltarão a alçar contra o bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos para a nação caribenha.
 
Segundo destacou Marguerite Horberg, diretora Executiva de Hot House -em declarações a meios locais-, o recital passou de ser um escaparate estritamente musical a um mais abrangente, incorporando as ideias da campanha pelo Prêmio Nobel da Paz para o contingente médico cubano Henry Reeve.
 
Este canto internacional de solidariedade com a nação caribenha, constitui uma oportunidade de tender pontes e um fato inédito entre as relações culturais de ambas nações, afirmou o advogado e produtor estadunidense Bill Martínez, um dos principais impulsores do concerto.
 
Assim mesmo, em entrevista via eletrônica com Prensa Latina, Martínez referiu que estes intercâmbios podem expressar ao mundo que há um futuro melhor através de nossas mensagens de paz, amor e nossa humanidade compartilhada.
 
O cartaz do evento virtual inclui nomes como Dionne Warwick, Michael Mc Donald, Jon Cleary, Barbara Dane, Susana Baca, Jane Bunnett, bem como a cubanos Orquestra Aragón, Alexander Abreu e Habana D' Primeiro, Os Van Van, Omara Portuondo, a Orquestra Failde, Arturo Ou'Farrill e the Afro Latin Jazz Orchestra, o Septeto Santiaguero, entre outros.
 
Em coordenação com Ministério da Cultura (Mincult) da maior das Antilhas e o Instituto Cubano da Música (ICM), o recital iniciará às 20:00 hora local, em Havana e Nova York, enquanto em Chicago e Los Angeles, os primeiros conformes se escutarão desde as 17:00.
 
As plataformas e redes sociais de Hot House Global, do Mincult, do ICM e a corrente de páginas enlaçadas Streaming Cuba oferecem de maneira gratuita o acesso a esta iniciativa, que contará com réplicas no Facebook, através dos perfis que irradiaram a proposta ao Canadá, México, Chile, Europa e África.
 
O presidente da Cuza Agency, Raúl Cuza, recordou em conferência de imprensa a conotação artística e política do Concerto para Cuba e destacou a convocação espontânea dos artistas das diferentes latitudes, que marcarão um ponto de partida para futuros intercâmbios.
 
De igual forma, o recital abriu um espaço de diálogo entre diferentes nações, enquanto seu eco retumba em meios de imprensa internacionais e incomoda a quem têm em seu poder romper o cerco econômico, comercial e financeiro imposto a Cuba por mais de seis décadas.