Os Cinco fortalecem amizade Cuba-Rússia
A recente visita dos cinco antiterroristas em ocasião do aniversário 71Â� da Vitória sobre o fascismo e os encontros com autoridades de primeiro nível foram indicadores inequívocos da relevância das relações entre Cuba e Rússia.
Gerardo Hernández, René González, Antonio Guerreiro, Fernando González e Ramón Labanhino realizaram uma visita a Moscou acompanhados pelo também Herói da República de Cuba Orlando Cardoso e familiares dos Cinco, convidados pela Duma estatal russa (câmara baixa parlamentar).
Uma das primeiras atividades realizada pelos Cinco -como lhes conhece mundialmente- foi a assistência ao desfile militar pelo 71 aniversário da Vitória sobre o fascismo, desde a tribuna de convidados oficiais, na praça Vermelha.
O antiterrorista Gerardo Hernández afirmou com respeito a essa data histórica que os Cinco vieram a render tributo aos 27 milhões de heróis e mártires do povo russo e soviético que deram suas vidas para salvar à humanidade do fascismo.
Labanhino chamou, por sua vez, a todas as gerações neste país a não se deixar arrebatar a vitória que pertenceu ao povo soviético, e a "não se deixar enganar ante as tentativas que pretendem a tergiversação da história da Segunda Guerra Mundial" (1939-1945).
Para a presidenta do Comitê Pró Libertação dos Cinco na Rússia, Lena Lozhkina, os heróis cubanos chegaram precisamente justo em uma data sagrada para cada cidadão russo, a qual se festeja ao longo e largo desta grande potência com dose elevada de patriotismo, apego à memória histórica e reverência aos que caíram.
Ao mesmo tempo Lozhkina valorizou altamente em declarações à Prensa Latina a presença dos antiterroristas cubanos em um momento especial pelo que "eles significam para o povo russo e as diversas gerações que conformam o movimento de solidariedade, como continuadores da Revolução cubana".
A visita foi, de outro lado, um bom sinal para fortalecer os laços entre os dois países, "quando elementos reacionários estão à ofensiva por todo mundo", afirmou a ativista russa.
No primeiro dia de trabalho na Rússia depois dos festejos pela Victoria, os Cinco foram recebidos pelo chanceler Serguei Lavrov, em um "encontro bastante incomum do ministro", na mesma sede da Chancelaria, como declarasse a véspera a porta-voz María Zajarova.
Zajárova sublinhou então que Rússia sempre defendeu a libertação dos cinco heróis cubanos e denunciou a arbitrariedade que prevaleceu na causa seguida contra eles nos Estados Unidos porque tratavam de frustrar atos terroristas contra a ilha, desde o território vizinho.
Pontuou a diplomata que esse é outro claro exemplo das boas relações com Cuba, nexos aos que definiu de "autêntica aliança, longínqua a fatores conjunturais".
Ao referir-se a Gerardo, René, Antonio, Fernando e a Ramón, Lavrov realçou que eles se converteram em um símbolo de tenacidade, resistência na luta pela soberania, a manutenção da identidade de seu país, e a defesa do direito de um povo a preservar seu próprio modelo de desenvolvimento.
O potencial que vocês agora possuem será muito valioso na diplomacia povo a povo que estão desenvolvendo, reconheceu o chanceler russo, depois de reiterar o agradecimento da Rússia pela presença desta delegação de maneira coincidente com as celebrações pelo aniversário 71 da vitória sobre o fascismo.
Confessou o chefe da diplomacia russa que na chancelaria estudaram com muito interesse o artigo do líder histórico da Revolução cubana, Fidel Castro, O irmão Obama, e consideram que sobre a base dos princípios contidos nesse escrito Havana e Moscou desenvolvem suas relações.
Os Cinco foram recebidos ademais pelo titular da Duma estatal, Serguei Naryskin, e o vice-presidente dessa instância parlamentar Iván Melnikov. Conversaram assim mesmo com um dos vice titulares do Senado (Conselho da Federação) e representantes da bancada do partido Comunista da Federação da Rússia.
Outra expressão da relevância concedida aos nexos bilaterais e à amizade duradoura entre os dois povos foram as condecorações aos Cinco (medalha do aniversário 70 da Vitória), e a Cardoso pelo Fim da Grande Guerra Pátria; bem como o Prêmio anual A palavra do Povo a Antonio Guerreiro.
Recordaremos toda a vida a visita a Rússia e a mordomia de participar no Desfile da Victoria, resumiu Gerardo Hernández durante um encontro com grupos e organizações de solidariedade durante quase quatro horas.