As delegações do governo do presidente Juan Manuel Santos e das insurgentes FARC-EP prosseguem hoje os diálogos de paz, centrados atualmente no tema das vítimas do longo conflito armado na Colômbia.
 
No contexto das conversas que se desenvolvem aqui desde 2012 para pôr fim ao conflito, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (FARC-EP) anunciaram ontem um cessar-fogo unilateral por um mês, a partir de 20 de julho.
 
Procuramos com isso gerar condições favoráveis para avançar com a contraparte na concretização do cessar-fogo bilateral e definitivo, expressou a respeito o chefe da delegação guerrilheira, Iván Márquez.
 
Viemos a Cuba para alcançar um acordo de paz, para pôr fim a uma guerra que ultrapassa meio século e nada pode nos comprazer mais que acabar definitivamente com a guerra, a violência, a geração de novas vítimas e o sofrimento do povo colombiano em consequência do conflito, acrescentou o líder insurgente.
 
Através deste gesto, a guerrilha - assinalou Márquez - faz seu o apelo realizado em Havana pelos países garantidores (Cuba e Noruega) e acompanhantes (Venezuela e Chile) dos diálogos de paz, que pediram ao governo de Santos e às FARC-EP para reduzir a intensidade do conflito armado nessa nação sul-americana.
 
Em seu pronunciamento, a insurgência também solicitou a cooperação, como supervisores desta trégua unilateral, a Frente Ampla pela Paz, as igrejas e o movimento constituinte pela paz.