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Os Cinco são resultado do exemplo de Cuba, afirmam nos EUA

Os antiterroristas cubanos são talvez os únicos presos do mundo que contam com tanto apoio de seu governo, de seu povo, de seus familiares e de amigos solidários, afirmou hoje uma ativista dos Estados Unidos.

O antecedente se explica pelo exemplo histórico de Cuba, afirmou em entrevista à Prensa Latina, Alicia Jrapko, coordenadora do Comitê Internacional pela Liberdade desses homens em território do país do norte.

"Eles representam a dignidade de todos os que lutam por um mundo melhor", sublinhou Jrapko ao expressar sua admiração por Gerardo Hernández, Ramón Labañino e Antonio Guerrero, ainda encarcerados em prisões estadunidenses.

Também manifestou similar sentimento pelos outros dois integrantes do grupo conhecido como Os Cinco: Fernando González e René González, que deixaram a prisão somente após cumprir a totalidade de suas sentenças.

Segundo enfatizou Jrapko é doloroso para o movimento de solidariedade que "René e Fernando regressassem a Cuba por cumprimento da pena", e não porque o governo dos Estados Unidos retificasse a injustiça que ocorreu e "devolveria os Cinco de imediato a seu país".

Não obstante, ressaltou que a solidariedade se fortaleceu com a presença de ambos "já em liberdade e também na vanguarda da luta, o que nos dá muita força".

A ativista destacou que 16 anos é muito tempo ao se referir à prisão dos Cinco em 12 de setembro de 1998 enquanto preveniam desde Miami os planos criminosos contra pessoas inocentes em Cuba e dentro do próprio solo norte-americano.

"Pessoalmente penso - pontuou - que estamos mais próximos de sua liberdade, mas é difícil saber se será esta administração (do presidente Barack Obama) a que abra as portas das prisões de Tony, Ramón e Gerardo".

Jrapko comentou que se analisa-se "o momento em que nos encontramos, e pondo o caso dos Cinco não como algo isolado mas como parte da política dos Estados Unidos para Cuba, há um cenário positivo porque muitas pessoas têm somado suas vozes ao pedido de mudança de política".

Inclusive, dimensionou, as novas gerações de cubanos que vivem no sul da Flórida querem ter uma relação normal com a pátria onde nasceram ou a de seus pais, visitar seus familiares.

No entanto, "qualquer mudança neste sentido deve passar necessariamente pela solução do caso dos Cinco, que é uma prioridade nacional", insistiu Alicia Jrapko.

A também ativista pelos direitos humanos recordou que presidentes, prêmios Nobel, artistas, parlamentares, sindicalistas, religiosos de outros países estão pedindo a Obama que encontre uma resposta ao caso.

"Não sabemos se o fará, o que está sim em nossas mãos é continuar lutando, seguir tocando em novas portas, chegar a pessoas com poder político para que possam incidir na decisão que levará os Cinco de volta a sua pátria", concluiu Jrapko, argentina de nascimento e residente nos Estados Unidos.

Fonte: 

Prensa Latina

Data: 

19/09/2014