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Amplo debate em Londres sobre o caso dos antiterroristas cubanos

Tudo está pronto nesta capital para começar amanhã duas jornadas de trabalho de uma comissão internacional que indagará sobre o caso dos cinco antiterroristas cubanos condenados em 2001 nos Estados Unidos.

A pesquisa voltará a demonstrar a influência exercida pelo governo norte-americano sobre a imprensa de Miami durante o processo que ditou severas condenações contra esses homens que enfrentavam os planos de grupos da extrema direita anti-cubana na Flórida.

Outro objetivo é ratificar a magnitude real das agressões terroristas sofridas por Cuba por parte dessas organizações e o trabalho dos Cinco para evitar esses ataques contra a população cubana.

A esse respeito, os especialistas da comissão também analisarão o direito legal de Cuba à autodefesa frente a esses tipos de ações.

No primeiro dia de sessões no Law Society (Colégio de Advogados) nesta capital, deveria participar René González, um dos cinco lutadores cubanos presos em 1998 e que há dois anos cumpriu integralmente a condenação que lhe foi imposta.

No entanto, as autoridades do Reino Unido negaram-lhe visto para viajar a Londres, decisão que provocou a imediata rejeição dos organizadores da reunião, em particular a Cuba Solidarity Campaign deste país europeu. González também não poderá assistir nesta quinta-feira a uma recepção que será oferecida na Câmara dos Comuns devido aos trabalhos da comissão internacional.

Há uma semana, Fernando González, outro dos Cinco condenados em 2001, saiu da prisão depois de cumprir a totalidade da pena que lhe impuseram e regressou a Cuba. Mas ainda permanecem presos Gerardo Hernández, Ramón Labañino e Antonio Guerreiro.

Na primeira sessão da sexta-feira participarão Sara Chandler, presidenta da comissão de direitos humanos da Federação Européia de Associações de Advogados; Yogesh Sabharwal, ex-titular de Justiça da Índia, e Zac Jacoob, ex-juiz da Corte Constitucional da África do Sul, entre outros. O programa do foro está dividido em temas que tratam sobre as atividades dos Cinco em Miami para prevenir os ataques terroristas contra Cuba e a parcialidade do julgamento contra eles e inclui os depoimentos de vítimas dessas agressões.

Para os trabalhos da comissão já se encontram em Londres a titular do Instituto Cubano de Amizade com os Povos, Kenia Serrano, e o ex-presidente do parlamento da ilha caribenha, Ricardo Alarcón.

Outras figuras que participarão são o ex-fiscal federal dos Estados Unidos Ramsey Clark e a renomada novelista norte-americana Alice Walker, autora de Cor Púrpura.

Além desses, o advogado estadunidense Martin Garbus, que defendeu os antiterroristas cubanos, falará a respeito da influência exercida por Washington sobre a imprensa de Miami durante o processo contra Os Cinco.

A reunião tem recebido mais de seis mil adesões de conhecidas figuras, como o arcebispo de Canterbury Rowan Williams, o ex-presidente do Parlamento Europeu, Miguel Angel Martínez (Espanha) e a baronesa Helena Kennedy (Reino Unido).

Como também, o famoso ator estadunidense Danny Glover, o escritor brasileiro Fernando Morais, o novelista britânico John Lhe Carré, e os Prêmios Nobel Gunter Grass (Alemanha), Adolfo Perez Esquivel (Argentina) e Nadine Gordimer (África do Sul).

Fonte: 

Prensa Latina

Data: 

06/03/2014