Rússia e Cuba avançam na cooperação biofarmacêutica
Rússia e Cuba avançam na cooperação no setor biofarmacêutico para produzir um portfólio de medicamentos inovadores, disse hoje o diretor do Fundo de Investimento Direto (RDIF), Kiril Dmitriev.
O Fórum Económico Internacional de São Petersburgo tem sido o espaço para anunciar vários dos acordos assinados pelo RDIF e um consórcio formado pela empresa cubana de biotecnologia BioCubaFarma e empresas farmacêuticas russas para o desenvolvimento e posterior produção de medicamentos contra doenças oncológicas e relacionadas com a idade, explicou o gerente.
Dmitriev anunciou ainda que o volume de investimentos na fase inicial será de 11,3 milhões de dólares, com possibilidade de aumentar ainda mais até 113 milhões de dólares.
Da mesma forma, destacou que a entidade da nação caribenha realiza atualmente um ciclo completo de desenvolvimento, produção e comercialização de produtos biotecnológicos e farmacêuticos que abrange um número significativo de países a nível mundial.
“A BioCubaFarma tornou-se o primeiro parceiro RDIF de Cuba. A combinação de nossos esforços e conhecimentos nos permitirá desenvolver e levar ao mercado medicamentos inovadores contra os tipos mais complexos de doenças causadas, entre outras coisas, por mudanças relacionadas à idade”, argumentou Dmitriev.
Da mesma forma, destacou que a empresa antilhana possui uma série de acordos internacionais para a produção de anticorpos monoclonais e vacinas terapêuticas contra o câncer, proteínas recombinantes e outros.
“Na Rússia, a BioCubaFarma registrou diversas empresas que desenvolvem medicamentos para o tratamento do Parkinson e de doenças oncológicas”, acrescentou.
Por outro lado, o diretor do Fundo defendeu que estão a trabalhar para atrair os melhores fabricantes farmacêuticos do mundo para o mercado russo, a fim de localizar a investigação e produção de medicamentos, substituir importações e criar a sua própria base de produção.
A BioCubaFarma mantém acordos para o desenvolvimento de produtos inovadores com os principais institutos científicos russos, bem como a Academia de Ciências do gigante euroasiático.
Os medicamentos desenvolvidos pela empresa cubana estão registrados nos países dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China), em Belarus e no Cazaquistão, países membros da Comunidade de Estados Independentes, bem como em vários estados da América Latina, África, Médio Oriente e a Ásia.