Fidel
Soldado de las Ideas
Como se não existissem causas suficientes para enlouquecer, a proliferação de rubricas com motivo da crise multiplica-se de tal maneira, que ninguém as entende. A primeira foi a do G-20, grupo selecto que pretendeu representar a todos em Washington; a segunda, o grupo também selecto de APEC que se reuniu em Lima; lá estavam presentes o país mais rico, Estados Unidos de América, no número um, com um PIB per capita de 45 mil dólares por ano, e aquele que ocupa ao redor do número 100, é a República Popular China, com 2 483, o maior investidor dos Bónus do Tesouro daquele país.
Suas palavras narraram as proezas do povo chinês nos últimos 10 meses. Grandes e extemporâneas nevadas, um terremoto que devastou áreas de superfície equivalentes a três vezes a de Cuba, e a crise econômica internacional mais grave desde a Grande Depressão dos anos 30, golpearam a imensa nação de 1 300 milhões de habitantes.
“Partamos das realidades atuais, não andemos sobre nuvens de ilusões e enganos; procuremos na injusta ordem política e econômica imposta ao mundo a grande causa real e fundamental de não termos os desejados recursos com os que gostaríamos tornar mais humano o destino de todas as nossas crianças.”
Bush se mostrava feliz com ter Lula a sua destra no jantar da sexta-feira. A Hu Jintao, ao qual respeita pelo enorme mercado de seu país, pela capacidade de produzir bens de consumo a baixo preço e o caudal de suas reservas em dólares e bônus dos Estados Unidos, sentou-o a sua esquerda.
Alguns dos governos que nos apóiam, tendo em conta as recentes declarações, não deixam de incluir nas mesmas que o estão fazendo para facilitar a transição em Cuba. Transição para onde? Para o capitalismo, único sistema no qual acreditam religiosamente. Não expressam nem sequer uma única palavra para reconhecer o mérito de um povo que, submetido a quase meio século de ruins sanções econômicas e agressões, defendeu uma causa revolucionária que unida a sua moral e a seu patriotismo deu-lhe forças para resistir.
Em muitos sítios onde as famílias esperavam e recebiam materiais para as moradias, e batiam palmas com admiração aos operários que restabeleciam a eletricidade, tão vital para muitos serviços, outra vez voltarão a viver em parte a mesma experiência.
Amanhã será um dia de grande importância. A opinião mundial estará atenta do que acontecer com as eleições nos Estados Unidos. Trata-se da nação mais poderosa do planeta. Com menos de 5 por cento da população do mundo suga cada ano enormes quantidades de petróleo e gás, minérios, matérias-primas, bens de consumo e produtos sofisticados procedentes do exterior; muitos deles, em especial os combustíveis e os extraídos das minas, que não são renováveis.
Não é a injeção de dinheiro em si para os países em desenvolvimento o que critico na minha reflexão de ontem, como interpretaram alguns telexes.
“Sem socialismo e sem Revolução quê sentido teriam nossas vidas, quê porvir teria nosso povo. Estamos defendendo a nação cubana, estamos defendendo a independência nacional.”
Chávez falou em Zúlia do “camarada Sarkozy”, e o disse com certa ironia, mas sem ânimo de o ferir. Antes pelo contrário, quis reconhecer sua sinceridade quando, em sua condição de Presidente rotativo da Comunidade de Países Europeus, falou em Beijing.
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