Fidel
Soldado de las Ideas
Faço alto entre várias análises importantes que ocupam meu tempo nestes dias para me referir a dois temas que devem ser conhecidos por nosso povo. A ONU, instigada pelos Estados Unidos da América, criadores da pobreza e do caos na República haitiana, tinha decidido enviar ao território do Haiti suas forças de ocupação, a MINUSTAH (Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti) que, aliás, introduziu a epidemia de cólera nesse país irmão.
"Quando recebi a imensa e agradável surpresa de ser esperado no aeroporto internacional "José Martí" por ele próprio pessoalmente, eu lhe disse: "Eu não mereço esta honra, aspiro merecê-la algum dia nos meses e nos anos porvir". O mesmo lhes digo a todos vocês, caros compatriotas cubano-latino-americanos: Algum dia esperamos vir a Cuba em condições de estender os braços e em condições de alimentar-nos mutuamente num projeto revolucionário, submersos, como estamos desde há séculos, na idéia de um continente hispano-americano, latino-americano e caribenho, integrado como uma só nação que somos.
Em um comício realizado pelo III Aniversário do Triunfo da Revolução, junto dele Osvaldo Dorticós e Raúl Castro.
Realmente sinto vergonha por ter que desmenti-lo. Atualmente não é mais que um homem de aspecto bonachão consagrado ao legado histórico, como se a história do império e inclusive algo mais importante: o destino da humanidade, estivesse garantido durante dezenas de anos, sem que na Coréia, no Irã ou em qualquer outro ponto conflituoso estale uma guerra nuclear.
O momento atual do Haiti é grave, e a ajuda urgente requerida é pouca. Nosso agitado mundo investe anualmente um milhão 500 mil milhões de dólares em armas e guerras: o Haiti – um país, que há menos de um ano sofreu o brutal terremoto que provocou 250 mil mortos, 300 mil feridos e uma enorme destruição – precisa para a sua reconstrução e desenvolvimento, segundo cálculos de peritos, de 20 mil milhões, apenas 1.3% do montante que é despendido em um ano para esses fins.
Há muitas coisas das quais falar quando os Estados Unidos ficam envolvidos em um escândalo colossal como conseqüência dos documentos publicados por Wikileaks, cuja autenticidade ―independentemente de qualquer outra motivação desse sítio Web― ninguém colocou em dúvida.
A missão médica cubana atende a 37 centros que enfrentam a epidemia, onde até hoje tem oferecido atendimento a 26 040 pessoas afetadas pela cólera, aos quais se somarão logo, com a Brigada “Henry Reeve”, mais 12 centros (para totalizar 49) com 1 100 novos leitos, em barracas de campanha desenhadas e elaboradas para esses fins na Noruega e outros países, já adquiridas com os fundos para enfrentar o terremoto, entregadas a Cuba por Venezuela para a reconstrução do sistema de saúde no Haiti.
Diversos funcionários das Nações Unidas lamentaram nos últimos dias que a resposta da comunidade internacional ao pedido de ajuda feito para enfrentar a situação não chegava a 10% dos 164 milhões de dólares solicitados com urgência.
Uma insólita reunião acontecera no Capitólio dos Estados Unidos entre um grupo de legisladores da direita fascista desse país e líderes da direita oligárquica e golpista da América Latina. Ali se falou do derrubamento dos governos da Venezuela, da Bolívia, do Equador e da Nicarágua.
Há momentos na história que precisam de um discurso, ainda que tão breve como o “Alea jacta est” de Julio César quando atravessou o Rubicão. Era necessário atravessá-lo nesse dia, justamente quando os Ministros da Defesa dos Estados soberanos do hemisfério ocidental estavam reunidos na cidade de Santa Cruz, onde os ianques têm estimulado o separatismo e a desintegração da Bolívia.
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