Citas
"Por estas e por outras razões o mundo está adquirindo consciência destes problemas, e isso é visível. Há força suficiente para resistir, força suficiente para avançar, mais ainda ajudados pelas leis da história e da realidade de um sistema e de uma ordem econômica mundial que é insustentável, que se despenca, e é capaz, inclusive, de desmontar-se só, ainda que tenha ajudar a sua derrubada, e mais que ajudar a sua derrubada, há que formar a consciência no mundo dessas realidades, para que os povos resistam mais firmemente a essa ordem e contribuam a seu desaparecimento progressivo. Ainda que se tenha a segurança de não ser muito progressiva esse desaparecimento, porque quando se produza uma catastrófica crise econômica, como a que já esteve a ponto de acontecer, e seja ainda maior, porque quanto mais se dilate, mais forte será essa crise, é preciso levantar o espírito de luta dos povos, sua vontade resistir; é preciso fazê-los tomar consciência de que têm que se ir preparando para novos conceitos, uma nova concepção do mundo, uma nova ordem econômica mundial verdadeiramente justa, que é o que deve resultar da luta dos povos".
"Com o neoliberalismo, a economia mundial não tem crescido mais rapidamente em termos reais, mas em troca se está multiplicando a instabilidade, a especulação, a dívida externa, o intercâmbio desigual, a tendência à ocorrência de crises financeiras mais freqüentes, a pobreza, a desigualdade e o abismo entre o Norte opulento e o Sul despossuído".
"Ao meditarmos sobre o que acontece no mundo, é impossível deixar de pensar que os avanços atingidos pelo homem no desenvolvimento político, a justiça social e a convivência pacífica, ficaram bem por baixo dos seus extraordinários sucessos técnicos e científicos".
“Hoje as multinacionais são instituições com mais capacidade, mais riqueza e mais poder do que todos os governos juntos. Quanto mais se fusionam e mais dominam as finanças, a produção e a economia mundial, movidas pelas leis cegas e incontroláveis do sistema que as engendrou, mais aceleram a crise”.
“A crise econômica significa também a agudização de problemas de grande importância, que estão muito longe de uma solução: a pobreza, a fome e as enfermidades, que matam, a cada ano, dezenas de milhões de pessoas no mundo; o analfabetismo, a falta de cultura, o desemprego, a exploração do trabalho e a prostituição de milhões de crianças; as centenas de bilhões de dólares que se mobilizam e investem no tráfico e no consumo de drogas; a lavagem de dinheiro; a falta de água potável; a escassez de moradias, hospitais, comunicações, escolas e centros educacionais.”
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