Citas

“Os povos pensam que o único incompatível com o destino da América Latina é a miséria, a exploração feudal, o analfabetismo, os salários de fome, o desemprego, a política de repressão contra as massas operárias, camponesas e estudantis, a discriminação da mulher, do negro, do indígena, do mestiço, a opressão das oligarquias, a pilhagem das suas riquezas pelos monopólios ianques, a asfixia moral dos seus intelectuais e artistas, a ruína dos seus pequenos produtores pela concorrência estrangeira, o subdesenvolvimento econômico, os povoados sem estradas, sem hospitais, sem moradias, sem escolas, sem indústrias, a submissão ao imperialismo, a renúncia à soberania nacional e a traição à pátria”.

Referência ao texto original: Discurso na Segunda Assembleia Nacional do Povo de Cuba, realizada na Praça da Revolução, a 4 de fevereiro de 1962

"Desde que findou a Segunda Guerra Mundial, as nações da América Latina se têm depauperado cada vez mais; suas exportações têm cada vez menos valor; suas importações, preços mais altos; a renda per capita, diminui; as pavorosas percentagens de mortalidade infantil não diminuem; o número de analfabetos, é superior; os povos carecem de trabalho, de terras, de moradias adequadas, de escolas, de hospitais, de vias de comunicação e de meios de vida. Em câmbio, os investimentos norte-americanos ultrapassam 10 000 milhões de dólares. América Latina é, também, fornecedora de matérias-primas baratas e compradora de artigos elaborados caros. Como os primeiros conquistadores espanhóis, que trocavam aos indígenas espelhos e artigos baratos por ouro e prata, assim comerciam os Estados Unidos com América Latina. Conservar esse torrente de riqueza, apoderar-se cada vez mais dos recursos da América e explorar seus povos sofridos: eis o que se ocultava por trás dos pactos militares, das missões castrenses e das intrigas diplomáticas de Washington".

Referência ao texto original: DISCURSO DO COMANDANTE-EM-CHEFE FIDEL CASTRO RUZ NA SEGUNDA ASSEMBLEIA NACIONAL DO POVO DE CUBA, REALIZADA NA PRAÇA DA REVOLUÇÃO, A 4 DE FEVEREIRO DE 1962

"Agora, esta massa anônima, esta América de cor, sombria, taciturna, que canta em todo o continente com uma mesma tristeza e desengano, agora esta massa é a que começa a entrar definitivamente em sua própria história, começa a escrevê-la com seu sangue, começa a sofrer e a morrer.  
 
Porque agora, pelos campos e pelas montanhas da América, pelas faldas das suas serras, por suas planícies e suas florestas, entre a solidão, ou no tráfico das cidades, ou nas costas dos grandes oceanos e rios, começa a estremecer-se este mundo cheio de razões, com os punhos quentes de desejos de morrer pelo que é dele, de conquistar seus direitos quase 500 anos burlados por uns e por outros. Agora, a história terá que contar com os pobres da América, com os explorados e vilipendiados da América Latina, que têm decidido começar a escrever eles próprios, para sempre, sua história. Vê-se-lhes pelos caminhos, um dia e outro, a pé, em marchas sem fim, de centenas de quilômetros, para chegar até os “olimpos” governantes a reclamar seus direitos".

Referência ao texto original: DISCURSO DO COMANDANTE-EM-CHEFE FIDEL CASTRO RUZ NA SEGUNDA ASSEMBLEIA NACIONAL DO POVO DE CUBA, REALIZADA NA PRAÇA DA REVOLUÇÃO, A 4 DE FEVEREIRO DE 1962

"Os povos da América se libertaram do colonialismo espanhol no início do século passado, mas não se libertaram da exploração. Os latifundiários feudais assumiram a autoridade dos governantes espanhóis, os indígenas continuaram em penosa servidão, o homem latino-americano numa ou noutra forma continuou escravo e as esperanças mínimas dos povos sucumbiram sob o poder das oligarquias e do domínio do capital estrangeiro".  

 

Referência ao texto original: DISCURSO DO COMANDANTE-EM-CHEFE FIDEL CASTRO RUZ NA SEGUNDA ASSEMBLEIA NACIONAL DO POVO DE CUBA, REALIZADA NA PRAÇA DA REVOLUÇÃO, 4 DE FEVEREIRO DE 1962

 
"E diante da realidade objetiva e historicamente inexorável da revolução latino-americana, qual é a atitude do imperialismo ianque? Está disposto fazer uma guerra colonial contra os povos da América Latina; criar o aparelho de força, os pretextos políticos e os instrumentos pseudo-legais assinados com os representantes das oligarquias reacionárias para reprimir a sangue e fogo a luta dos povos latino-americanos".

Referência ao texto original: DISCURSO DO COMANDANTE-EM-CHEFE FIDEL CASTRO RUZ NA SEGUNDA ASSEMBLEIA NACIONAL DO POVO DE CUBA, REALIZADA NA PRAÇA DA REVOLUÇÃO, 4 DE FEVEREIRO DE 1962

“Cada qual deve lutar pela paz a sua maneira, cada qual deve lutar pela paz com o que possa e como possa. Assim, a América Latina, ao se enfrentar cada vez mais aos imperialistas, luta pela paz. Enquanto mais povos lutando por sua liberdade houver, mais possibilidades de paz no mundo, mais maniatados estarão os imperialistas, mais fracos serão os imperialistas para desencadear a guerra”.

Referência ao texto original: Discurso proferido no Ato em que lhe entregaram o Prêmio “Lenine” da Paz, no teatro “Chaplin”, a 21 de março de 1962

"América Latina é um continente convulsionado pela onda revolucionária que se desata. Os imperialistas tentam deter essa onda, tentam conseguir o impossível de impedir o avanço dessa onda revolucionária; porém mais do que uma onda revolucionária, é uma verdadeira tromba-d’água revolucionária que varrerá com o imperialismo nos nossos povos da América Latina".

Referência ao texto original: DISCURSO PROFERIDO PELO COMANDANTE-EM-CHEFE FIDEL CASTRO RUZ NO ENCERRAMENTO DO CONGRESSO DA ASSOCIAÇÃO DE JOVENS REBELDES, NO ESTÁDIO LATINO-AMERICANO, A 4 DE ABRIL DE 1962