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Nada nem ninguém deterá o projeto socialista, afirma Cuba na Unesco

O embaixador cubano Oscar León afirmou hoje no Conselho Executivo da Unesco que a ilha caribenha não renunciará ao projeto socialista escolhido de maneira soberana por seus habitantes, ainda que os Estados Unidos se esforce para intensificar sua hostilidade.
 
'Nada nem ninguém impedirão a vontade do povo cubano na construção da sociedade socialista que tem decidido continuar em exercício de sua livre determinação', disse ao intervir na segunda e último dia do debate geral da sessão 207 de um dos órgãos constitutivos da Unesco.
 
Segundo o representante da maior das Antilhas perante o Conselho, seu país manterá esse rumo com apego à paz e junto com aqueles que desejam relações entre Havana e Washington baseadas no respeito, a igualdade soberana, a colaboração e o benefício mútuo.
 
No entanto, disse nesta capital, na sede central da Organização da ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura, que o palco bilateral se afasta cada vez mais dessa aspiração, com base na agressividade da atual administração da Casa Branca.
 
'Desde que nos reunimos em abril, o bloqueio do governo dos Estados Unidos contra Cuba tem sido fortalecido', disse o diplomata, que qualificou de genocida a política estadunidense para a ilha.
 
León alertou que nenhum setor da sociedade escapa do rigor desta hostilidade, incluídos os âmbitos da Unesco.
 
'Outros povos do mundo são prejudicados também por seu carácter extraterritorial. O relatório anual do Secretário-Geral da ONU sobre o bloqueio contra Cuba contém numerosas informações sobre as afetações', afirmou na sessão o presidente da Comissão Nacional Cubana da Unesco.
 
Em seu discurso, o embaixador lembrou que em poucos dias a comunidade internacional voltará a ter a oportunidade de reclamar o fim do cerco econômico, comercial e financeiro imposto à maior das Antilhas há 60 anos, numa nova votação na Assembleia Geral da ONU.
 
Desde 1992, o principal órgão deliberativo das Nações Unidas, no que estão em igualdade de condições suas 193 Estados-membros, apoia de maneira contundente uma resolução apresentada por Cuba sobre a necessidade de suspender o bloqueio unilateral.
 
A votação deste ano ocorrerá em 7 de novembro, num dia após que a ilha apresentar perante a Assembleia a iniciativa de rejeitar uma rede de medidas com 922 mil 630 milhões dólares de danos acumulados por sua aplicação.

Fonte: 

Prensa Latina

Data: 

15/10/2019