Declaração Oficial do Presidente da Delegação Cubana
Ao chegar a esta histórica terra latino-americana de Panamá, desejo cumprimentar ao seu patriótico e valente povo, hoje legítimo dono do Canal, o qual administra melhor que aqueles que o ocupavam até há pouco tempo. Agradeço-vos em nome de Cuba que ao igual do que todos os povos do mundo beneficiam-se dele.
Vim, como os outros chefes de Estado latino-americanos, para participar na X Cimeira com o espirito de cooperar com o sucesso da mesma para benefício dos nossos povos, e de maneira especial para os intereses e o prestígio do Panamá.
No entanto, devo cumprir o dever de lhes informar que, como noutras ocasiões em que viajo a estas Cimeiras, elementos terroristas organizados, financiados e dirigido desde os Estados Unidos pela Fundação Nacional Cubano-Americana, que é um instrumento do imperialismo e a extrema direita desse país, foi enviado ao Panamá com o objetivo de me eliminar físicamente. Já está nesta cidade e tem introduzido as armas e explosivos pertinentes.
Estou a denunciá-lo aqui e não antes de viajar para que ninguém possa pensar que qualquer perigo ou ameaça pode intimidar à representação de Cuba.
No relativo á segurança da nossa delegação, não temos nenhuma preocupação; está advertida, tem experiência e é veterana na luta contra as emboscadas, planos traiçoeiros e outras agressões do imperialismo e os seus aliados. Mas nesta reunião participam numerosas delegações e chefes de Estado e do Governo e embora as autoridades de Panamá têm trabalhado com esmero para garantir a segurança de todos, sabemos que os elementos terroristas têm a idéia de disparar e frazer estourar cargas explosivas onde o estimarem útil aos seus propósitos, sem lhes importar em qual veículo viajarem os chefes de delegações ou onde se encontrarem reunidos para algumas das atividades programadas.
O chefe deses elementos a quem os líderes da Fundação Cubano-Americana encarregaram a missão, é o tristemente célebre Luis Posada Carriles, um homem covarde, totalmente carente de escrúpulos, autor da sabotagem do avião de Cubana de Aviação ao decolar de Barbados com 73 passageiros, a 6 de Outubro de 1976 utilizando mercenários venezuelanos. Fugido de uma prisão da Venezuela em Agosto de 1985, participou ativamente no fornecimento de armas para a guerra suja contra o governo da Nicaragua, numa operação dirigida desde a Casa Branca o que originou o escândalo Irangate. Foi responsável de atos terroristas contra hoteis de Havana usando mercenários de El Salvador e Guatemala.
Por ocasião da IV Cimeira, celebrada em Cartagena de Indias nos dias 14 e 15 de junho de 1994, pouco faltou para que disparassem contra nós quando percorriamos a velha cidade num cortejo de carroças puxadas por cavalos que organizaram os anfitriões. Gabriel García Márquez viajava junto comingo nesse percurso. Eu teria tido a honra de morrer com tão lúcido escritor.
A corja da Fundação Nacional Cubano-Americana, que planejou um atentado na ilha Margarita aquando da VII Cimeira celebrada nos dias 8 e 9 de Novembro de 1997, foi capturada por um guarda-costas dos Estados Unidos quando a embarcação em que viajava navegava próxima do Porto Rico, ao lhes parecer suspeita de contrabando de drogas, e foram-lhes ocupadas as armas que levava, entre elas dois fuzís semi-automáticos calibre 50, com mira telescópica, raios infra-vermelhos e um alcance de 1 500 metros, que podiam utilizar de dia ou de noite. Como se sabe, os integrantes do grupo sairam livres no julgamento espúrio e fraudulento que foi feito nessa colonizada ilha.
Posada Carriles entrou no Panamá a 5 de Novembro com documentação falsa e sem nenhum disfarce. Tem no Panamá cúmplices da sua absoluta confiança nos quais se apoia.
Pelos antecedentes acima mencionados foi necessário fazer pública esta denúncia.
Consideramos que as autoridades do país anfitrião estão no dever de localizar o chefe terrorista e os seus cúmplices, impedir que escapem por qualquer terminal aérea, saída terrestre ou marítima, prendê-los e levá-los aos tribunais correspondentes por ter violado as leis nacionais e internacionais. Com toda certeza farão o máximo para proteger a honra do seu país e o sucesso da Cimeira, que tem sido colocado em risco por delinqüentes internacionais que têm agido com indignante desprezo e burla para com as autoridades e o povo do Panamá. A nossa delegação está na melhor disposição de vos oferecer a informação de que dispõe.
Ao mesmo tempo solicitamos a cooperaçãó do povo panamenho para que ofereça às autoridades qualquer indício que possa contribuir à captura dos terroristas. Rogamos à imprensa que publique as recentes fotos de Posada Carriles que lhes entregamos.
Esperamos que, apesar de todos estes planos criminosos, a Cimeira de Panamá seja um êxito absoluto.
Fidel Castro
17.11.2000
Vim, como os outros chefes de Estado latino-americanos, para participar na X Cimeira com o espirito de cooperar com o sucesso da mesma para benefício dos nossos povos, e de maneira especial para os intereses e o prestígio do Panamá.
No entanto, devo cumprir o dever de lhes informar que, como noutras ocasiões em que viajo a estas Cimeiras, elementos terroristas organizados, financiados e dirigido desde os Estados Unidos pela Fundação Nacional Cubano-Americana, que é um instrumento do imperialismo e a extrema direita desse país, foi enviado ao Panamá com o objetivo de me eliminar físicamente. Já está nesta cidade e tem introduzido as armas e explosivos pertinentes.
Estou a denunciá-lo aqui e não antes de viajar para que ninguém possa pensar que qualquer perigo ou ameaça pode intimidar à representação de Cuba.
No relativo á segurança da nossa delegação, não temos nenhuma preocupação; está advertida, tem experiência e é veterana na luta contra as emboscadas, planos traiçoeiros e outras agressões do imperialismo e os seus aliados. Mas nesta reunião participam numerosas delegações e chefes de Estado e do Governo e embora as autoridades de Panamá têm trabalhado com esmero para garantir a segurança de todos, sabemos que os elementos terroristas têm a idéia de disparar e frazer estourar cargas explosivas onde o estimarem útil aos seus propósitos, sem lhes importar em qual veículo viajarem os chefes de delegações ou onde se encontrarem reunidos para algumas das atividades programadas.
O chefe deses elementos a quem os líderes da Fundação Cubano-Americana encarregaram a missão, é o tristemente célebre Luis Posada Carriles, um homem covarde, totalmente carente de escrúpulos, autor da sabotagem do avião de Cubana de Aviação ao decolar de Barbados com 73 passageiros, a 6 de Outubro de 1976 utilizando mercenários venezuelanos. Fugido de uma prisão da Venezuela em Agosto de 1985, participou ativamente no fornecimento de armas para a guerra suja contra o governo da Nicaragua, numa operação dirigida desde a Casa Branca o que originou o escândalo Irangate. Foi responsável de atos terroristas contra hoteis de Havana usando mercenários de El Salvador e Guatemala.
Por ocasião da IV Cimeira, celebrada em Cartagena de Indias nos dias 14 e 15 de junho de 1994, pouco faltou para que disparassem contra nós quando percorriamos a velha cidade num cortejo de carroças puxadas por cavalos que organizaram os anfitriões. Gabriel García Márquez viajava junto comingo nesse percurso. Eu teria tido a honra de morrer com tão lúcido escritor.
A corja da Fundação Nacional Cubano-Americana, que planejou um atentado na ilha Margarita aquando da VII Cimeira celebrada nos dias 8 e 9 de Novembro de 1997, foi capturada por um guarda-costas dos Estados Unidos quando a embarcação em que viajava navegava próxima do Porto Rico, ao lhes parecer suspeita de contrabando de drogas, e foram-lhes ocupadas as armas que levava, entre elas dois fuzís semi-automáticos calibre 50, com mira telescópica, raios infra-vermelhos e um alcance de 1 500 metros, que podiam utilizar de dia ou de noite. Como se sabe, os integrantes do grupo sairam livres no julgamento espúrio e fraudulento que foi feito nessa colonizada ilha.
Posada Carriles entrou no Panamá a 5 de Novembro com documentação falsa e sem nenhum disfarce. Tem no Panamá cúmplices da sua absoluta confiança nos quais se apoia.
Pelos antecedentes acima mencionados foi necessário fazer pública esta denúncia.
Consideramos que as autoridades do país anfitrião estão no dever de localizar o chefe terrorista e os seus cúmplices, impedir que escapem por qualquer terminal aérea, saída terrestre ou marítima, prendê-los e levá-los aos tribunais correspondentes por ter violado as leis nacionais e internacionais. Com toda certeza farão o máximo para proteger a honra do seu país e o sucesso da Cimeira, que tem sido colocado em risco por delinqüentes internacionais que têm agido com indignante desprezo e burla para com as autoridades e o povo do Panamá. A nossa delegação está na melhor disposição de vos oferecer a informação de que dispõe.
Ao mesmo tempo solicitamos a cooperaçãó do povo panamenho para que ofereça às autoridades qualquer indício que possa contribuir à captura dos terroristas. Rogamos à imprensa que publique as recentes fotos de Posada Carriles que lhes entregamos.
Esperamos que, apesar de todos estes planos criminosos, a Cimeira de Panamá seja um êxito absoluto.
Fidel Castro
17.11.2000
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17/11/2000