Os governos de Cuba e dos Estados Unidos mantiveram conversações sobre migração na terça-feira em Havana para analisar o cumprimento dos acordos bilaterais nessa área.
 
Em coletiva de imprensa, o vice-ministro cubano das Relações Exteriores, Carlos Fernández de Cossío, disse que seu país reiterou na reunião sua disposição de cumprir e respeitar, como tem feito até agora, os compromissos estabelecidos com o objetivo de garantir uma migração regular, segura e ordenada.
 
A delegação cubana, chefiada por Fernández de Cossío, também reiterou sua preocupação com as medidas de incentivo à migração irregular mantidas pelo governo dos Estados Unidos.
 
O diplomata explicou que a Ilha deu ênfase especial ao impacto negativo do bloqueio econômico dos EUA sobre as condições de vida da população cubana.
 
E condenou as limitações financeiras impostas pela inclusão arbitrária de Cuba na lista de Estados que supostamente patrocinam o terrorismo.
 
Cuba reiterou a necessidade de restabelecer o processamento de vistos de não-imigrantes na embaixada dos EUA em Havana. Também enfatizou a importância do cumprimento dos acordos bilaterais de migração em sua totalidade e não de forma seletiva.
 
Da mesma forma, reafirmou a disposição de Cuba de continuar as rodadas de conversações sobre questões de migração. A delegação dos EUA foi capitaneada pelo vice-secretário adjunto de Defesa dos EUA para Assuntos do Hemisfério Ocidental, Daniel Erikson.
 
Esta é a quarta vez desde que o presidente Joe Biden assumiu o cargo que os dois países se reuniram para discutir questões de migração. Em abril passado, os dois países conversaram sobre o assunto em Washington DC