Cuba estabeleceu um compromisso político sério e responsável para o desenvolvimento dos laços econômicos, comerciais, financeiros e de cooperação com a União Econômica Eurasiática (UEE), disse hoje o primeiro-ministro Manuel Marrero.

O chefe de Governo da nação caribenha, ao discursar esta quinta-feira na sessão plenária do Conselho Intergovernamental da UEE, transmitiu uma afetuosa saudação e agradecimento em nome do povo e do governo cubano pela união, à qual o país se associou como observador em 11 de dezembro de 2020.
 
Marrero quis dizer que esta reunião da comissão mista Cuba UEE dará continuidade às realizadas em 2019 e 2021, e será uma oportunidade para analisar o potencial e as perspectivas de cooperação, investimento e comércio entre as partes, além de promover um intercâmbio mais amplo.
 
As valências de cada um dos nossos países têm um enorme potencial em projetos conjuntos ligados à indústria, saúde, biotecnologia, turismo, educação, economia digital, comércio eletrônico, energia, entre outras áreas de interesse comum, precisou o primeiro-ministro na sua intervenção.
 
Ele também destacou os resultados das reuniões para regular a circulação de medicamentos e dispositivos médicos na UEE, bem como no Comitê de Farmacopéia da União, que se tornaram opções imediatas para projetos conjuntos.
 
Marrero também destacou que, com vistas a melhorar a saúde e o bem-estar dos povos da UEE, Cuba se propõe a criar uma aliança multinacional no setor biofarmacêutico para alcançar a soberania no setor de produção de vacinas e medicamentos.
 
“Nossos países têm muito a compartilhar e Cuba oferece uma porta de entrada para a região da América Latina e Caribe, nosso potencial como porta de entrada para a região, oferecer alternativas para complementar novos espaços de integração”, disse o chefe do governo cubano.
 
Posteriormente, afirmou que o objetivo de seu país é promover um parque industrial da UEE na Zona Especial de Desenvolvimento Mariel, em Cuba, para alcançar cadeias produtivas que levem à integração inter-regional a que aspiramos no contexto de um mundo unipolar, disse.
 
O mundo, acrescentou, talvez como nunca necessita urgentemente de uma nova convivência civilizada baseada numa ordem justa e equitativa, sem paz não haverá desenvolvimento nem justiça social e sem justiça social e desenvolvimento não se alcançará paz duradoura.
 
Marrero disse que Cuba passa por momentos muito complexos, principalmente pelo impacto do bloqueio econômico, comercial e financeiro dos Estados Unidos, mas o povo e o governo cubano lutam para resistir e se desenvolver.
 
O povo cubano nunca se renderá e sempre defenderá sua independência e soberania até a vitória, concluiu o primeiro-ministro da nação caribenha.