«Foram vocês que com muito trabalho, em silêncio, desmantelaram a falácia do chamado estado fracassado que o inimigo tem tentado semear constantemente. Seus esforços ratificaram que podemos sofrer situações diferentes, mas devemos sempre manter a confiança na Revolução, que desde seu nascimento tem estado ao lado dos humildes e para os humildes, e não deixa ninguém desprotegido».

 

Tais palavras de gratidão foram compartilhadas no início da manhã de terça-feira, 4 de outubro, pelo membro do Comitê Central e primeiro-secretário do Partido Comunista em Havana, Luis Antonio Torres Iríbar. Fazem parte do discurso proferido pelo líder na cerimônia em reconhecimento às brigadas do setor elétrico, que apoiaram a recuperação de Havana, e a restauração do Sistema Elétrico Nacional após a passagem do furacão Ian.

 

Na atividade, que contou com a presença do primeiro-secretário do Comitê Central do Partido Comunista e presidente da República, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, foi reconhecida a dedicação dos trabalhadores da Empresa de Construções e Instalações Elétricas, bem como das Empresas Elétricas das províncias de Mayabeque, Matanzas, Ciego de Ávila, Las Tunas, Granma, Santiago de Cuba e Guantánamo.

Photo: Estudio Revolución

 

«É um privilégio reunir-se aqui hoje com tantos heróis anônimo". Minhas primeiras palavras não podem deixar de ser de agradecimento», disse Iríbar na homenagem realizada na sede da Organização Básica Eléctrica (OBE) em Havana, que também contou com a presença de Esteban Lazo Hernández, presidente do Conselho de Estado e da Assembleia Nacional do Poder Popular, bem como de Roberto Morales Ojeda, secretário de Organização do Comitê Central do Partido Comunista, ambos membros do Bureau Político.

 

Também estavam presentes o vice primeiro ministro, Herói da República de Cuba e Comandante da Revolução, Ramiro Valdés Menéndez; o ministro de Energia e Mineração, Liván Arronte Cruz; o governador de Havana, Reinaldo García Zapata; e o secretário do Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Energia e Mineração, George Batista Pérez.

 

Diante de homens que poderiam ser definidos por duas palavras — humildade e coragem -— Luis Antonio Torres Iríbar enunciou: «Vários de nós camaradas que tivemos experiência em lidar com estes fenômenos meteorológicos nos referimos ao fato de que este (aludindo a Ian) pode não ter sido um dos furacões mais fortes que enfrentamos, mas foi um dos que nos causou mais danos, especialmente em Pinar del Río, deixando as linhas elétricas completamente fora de serviço, bem como as comunicações, e danos severos ao fumo, para mencionar alguns».

 

«No caso de Havana, embora o centro do furacão tenha passado a mais de 150 quilômetros de distância, os danos registrados não foram menores do que os relatados em ocasiões anteriores», disse o primeiro-secretário do Partido Comunista na capital, que acrescentou que naquele território «levamos quase seis dias para restabelecer totalmente o serviço de eletricidade».

 

«Posso assegurar que foi feito tão rapidamente quanto as condições técnicas e humanas permitiam. Trabalhamos dia e noite, sem descanso, e essa maratona nos deixou com a lamentável perda de um trabalhador, cumprindo seu dever enquanto trabalhava à noite, aqui no município de Boyeros».

Photo: Estudio Revolución

 

Iríbar mencionou «um dos mais belos valores que mobiliza o sentimento humano: a solidariedade; aquilo que rompe barreiras, que une os homens e constrói sonhos».

 

«Havana já está iluminada», disse o líder do Partido; «é o sinal do 'Sim podemos' de Raúl, da fé inabalável na vitória de Fidel, e da resistência criativa de nosso primeiro-secretário do Comitê Central do Partido, camarada Miguel-Díaz Canel Bermúdez».

 

Diante do «cumprimento do dever em nossa querida cidade», disse Iríbar, os heróis anônimos «não voltam para suas casas. O dever continua batendo nas portas e eles saem em breve para Artemisa e Pinar del Río. Ali a tarefa que os espera será muito difícil, mas como disse o Comandante-em-chefe Fidel Castro, as batalhas não são vencidas por aqueles que acreditam que o combate é fácil. Aqueles que sabem que a batalha é difícil vencem batalhas. É por isso que vocês vão vencer».

 

«O inimigo colocou todas as suas forças e recursos para nos derrotar, aproveitando-se das difíceis condições impostas pelo bloqueio econômico, comercial e financeiro, e o manual de Guerra Não Convencional foi ferozmente utilizado contra nosso país. Ao enfrentar essas constantes agressões, nossos líderes do Partido, da União dos Jovens Comunistas, das organizações de massa, do governo e, naturalmente, do arquiteto principal de todas as nossas batalhas, nosso povo, têm estado na linha de frente».

 

Aos trabalhadores excepcionais, Iríbar disse: «Obrigado por ter feito o impossível para poder restaurar o brilho e a luz à Cidade Maravilhosa, à capital de todos os cubanos».

 

Mario Castillo Salas, diretor provincial da OBE Havana, também disse palavras de gratidão por grandes homens, «homens que deixaram para trás suas famílias, suas casas, suas vidas, com o único propósito de restaurar feridas abertas e trazer luz de volta aos seus concidadãos».

 

Ele se referiu às «quase 50 brigadas com mais de 500 trabalhadores de diferentes províncias que, apesar de recursos escassos, exaustão física e algumas provocações maliciosas, restabeleceram os danos causados por Ian».

 

Eles trabalharam para restaurar mais de 100 dos 285 circuitos primários afetados, revisar e reparar mais de 5.000 bancos de transformadores na cidade; garantiram a substituição de mais de 40 dos 139 postes derrubados; e substituíram 25 dos 91 transformadores afetados. Eles corrigiram mais de 300 falhas de condutores quebrados, e substituíram 79 vigas quebradas. Graças ao esforço desenvolvido, mais de 28 avarias que afetaram a distribuição de água para a capital e outros objetos de interesse em comunicações, centros hospitalares e outras frentes foram reparadas.

 

«Os eletricitários da capital», disse, «irão para outras áreas afetadas da Ilha, e junto com seus colegas mostrarão o quanto podem fazer juntos.

 

A merecida homenagem contou com a voz da jovem cantora Annie Garcés, que cantou «Cabalgando con Fidel», do cantor-compositor Raúl Torres.

 

No final do ato, o presidente Díaz-Canel se aproximou das brigadas de trabalhadores para saudar pessoalmente esses heróis a quem Cuba tanto deve. Junto com o chefe de Estado, os líderes que o acompanhavam apertaram as mãos deles.