Cuba relembra dia das vítimas do terrorismo de Estado
Cuba está de luto hoje, Dia das Vítimas do Terrorismo de Estado, por recordar os mais de 3.400 mortos em consequência dos ataques dos Estados Unidos à ilha.
Tradicionalmente, a data é comemorada com uma peregrinação à Necrópole Cristóbal Colón, nesta capital, ao panteão das Forças Armadas Revolucionárias.
Nesse local se homenageiam os 73 passageiros de Cubana de Aviação que perderam a vida em 6 de outubro de 1976 no conhecido Crime de Barbados, ato de sabotagem organizado pelos terroristas Luis Posada Carriles e Orlando Bosch, a serviço da Agência. Inteligência Central (CIA).
De acordo com o documento Demanda do povo cubano ao governo dos Estados Unidos por danos econômicos, as operações secretas de Washington começaram em 1959 e, desde então, milhares de atos de sabotagem foram organizados, executados e financiados.
Nessas seis décadas, cresceu uma longa lista de ações terroristas para prejudicar a maior das Antilhas, que inclui, além de ataques econômicos, militares, biológicos, psicológicos, diplomáticos, midiáticos e de espionagem, as tentativas de assassinato de líderes.
Alguns exemplos de terrorismo contra Cuba são a destruição da loja El Encanto em 13 de abril de 1961, na qual Fe del Valle perdeu a vida; e a explosão de uma bomba no Hotel Copacabana, onde morreu o jovem turista italiano Fábio Di Celmo.
Recentemente, a embaixada cubana em Washington foi palco de um ato terrorista, quando o cidadão de origem cubana Alexander Alazo disparou mais de 30 tiros contra a sede diplomática.
Até o momento, o governo dos Estados Unidos não emitiu uma declaração oficial condenando os fatos, o que foi denunciado por Cuba.
De acordo com reportagens da imprensa, pelo menos 3.478 pessoas morreram e 2.199 ficaram incapacitadas como resultado dos planos violentos de Washington contra a ilha.
A comemoração do Dia das Vítimas do Terrorismo de Estado encontra-se consagrada no Decreto-Lei nú 279 do Conselho de Estado, que também estabelece que todos os 6 de outubro seja hasteada a bandeira cubana a meio mastro, quer em regime civil quer instituições militares, ou em missões diplomáticas e consulares cubanas no exterior.